Estudante adota animais com deficiência e eles voltam a andar


No Recife, a estudante de veterinária Andrezza Miranda, de 26 anos, cuida de três cachorros especiais. Grávida do primeiro filho, no último mês de gestação, ela divide o tempo para cuidar dos seus “filhotes” já nascidos: Barbie, Pipoca e Chico são vira-latas portadores de deficiência física e não conseguem andar com as patas traseiras.
O problema não incomodou Andrezza por muito tempo, pois ela logo encomendou três cadeiras sob medida. Com rodinhas, viraram o xodó dos animais. Para andar e passear, Barbie, Pipoca e Chico agora conseguem ter independência. “Faz muita diferença. Você percebe que desde a primeira vez que eu coloquei, parece que faz parte deles já. Se adaptaram super bem”, ela explica.
A paixão por bichos de todos os tipos vem desde quando era criança, relembra. “Mainha falava que, desde pequenininha, eu chegava na gaiola dos passarinhos e ficava admirando, querendo que eles ficassem gritando, se movimentando, eu sempre gostei muito [de animais]”.

Os cuidados são essenciais para facilitar a vida dos cães. “Eles são três bebês, na verdade. Eles usam pomada pra assadura, fralda, roupinha, banho todo dia.
Todo mundo brinca dizendo que quando chegar aqui em casa vai ver o meu bebê no canil e um deles no berço”, brinca.
O primeiro a chegar foi Chico, há seis anos. Ela o encontrou abandonado no campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e guarda fotos de quando ele era um filhote e usava fraldas. Barbie e Pipoca também foram vítimas do abandono, mas na casa de Andrezza elas conseguiram encontrar um lar.
A estudante espera que o gesto de adotar animais com dificuldades de locomoção ou deficiência incentive outras pessoas a fazerem o mesmo. Afinal, segundo ela, o dono também ganha um grande amigo. “Se você estiver procurando carinho, um animal como amigo, eles são excelentes. Independente se andam, se não andam, se têm uma sequela por algum acidente, por uma doença, independente de qualquer coisa”, disse.

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